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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Entrevistas com professores

Todo mundo passa por poucas e boas nessa faculdade...
Com certeza, algum dia, quis saber se o seu professor passou por isso também...
E também com certeza, são perguntas que você não teve a coragem ainda de perguntar para o seu professor.
Mas o blog Coisas da Unioeste, trás até você, o que você queria saber, sobre a vida acadêmica de seu professor...
A primeira VÍTIMA (digamos assim), professor Dr. Cleber Antonio Lindino.




Currículo Lates
Possui graduação em Licenciatura Plena e Bacharelado em Química pela Universidade Federal de São Carlos (1993), mestrado em Química (área de concentração Química Analítica) pela Universidade Federal de São Carlos (1997) e doutorado em Ciências (área de concentração Química Analítica) pela Universidade Federal de São Carlos (2001). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Tem experiência na área de Química, com ênfase em Eletroanalítica, atuando principalmente nos seguintes temas: sensores eletroquímicos, Química de solos e recursos energeticos alternativos. Também atua na área de Ensino de Química e divulgação cientifica.
fonte: Curriculo Lates, clique aqui para obter mais informações.

Vamos as perguntas!

1. O que te levou a estudar Química?
Bom... Gostava muito da matéria no ensino médio. Quando criança, manipulava remédios vencidos de casa, às vezes colocava em plantas... Algumas morreram, não sei porque (risos). Acho que daí veio o gosto pela Química.
Eu tinha dúvida entre Química, e Engenharia de Materiais, passei no vestibular para os dois, mas optei pela Química.


2. Você tinha o intuito de ser professor?
Sim, já tinha. Sempre gostei muito de ensinar. Na graduação, fiz licenciatura e bacharelado, pois era permitido na grade, pelo sistema de créditos.

3. Quais as dificuldades na graduação? (Matérias, professores...)
Orgânica! Dificuldade em orgânica, era muito puxado, os professores muito exigentes. O grupo de orgânica da UFSCar era muito forte. Eram três orgânicas...
E Cálculo, pois fiz com os matemáticos, direcionado para outra área.
Outra dificuldade, era o acesso à bibliografias... Não tinha internet naquela época... Tínhamos de pegar o Chemical Abstract, e se virar...

4. Qual o fato que mais marcou sua vida acadêmica?
Bom... Logo no segundo ano da graduação, tive a oportunidade de trabalhar na área a pesquisa... Era na área de analítica, com eletrodos.
Também, na universidade fiz muitos amigos, conhecia pessoas de culturas diferentes, de cantos do Brasil, Angolano... E pessoalmente, lá conheci minha esposa, que cursava Pedagogia.

5. Qual o acidente de laboratório mais marcante? E o experimento mais "emocionante"?
Não posso dizer, que tenha sido exatamente comigo... Como posso explicar... Atrás do departamento de Química da UFSCar, havia uma mata, serrado, onde até eram feitas pesquisas... Certo dia, começou um incêndio na mata, serrado queima muito fácil, umas árvores parecidas com Eucalipto, e aquilo foi se alastrando rapidamente... Derrepente tava todo mundo correndo pra apagar aquele fogo, nunca tinha visto fogo daquele jeito. Já pensou se o fogo chega no prédio dos laboratórios, cheios de solventes, coisas inflamáveis?


Na aula de Química de coordenação, um colega manipulando um frasco de Ácido Sulfúrico concentrado dentro da capela... Daí não sei o que ele fez, mas pegou o frasco, escorregou da mão, e bateu na quina da bancada... O frasco virado para ele, derrubou todo encima do corpo dele... Na hora, a primeira coisa que fizemos, foi jogar ele debaixo do chuveiro, e arrancar, literalemte arrancar a roupa dele, que por sinal estava toda derretida, e mesmo assim ele ficou com umas queimaduras... Sorte que não chegou a pegar no rosto, senão...
Além dessas, teve umas de pegar fogo no laboratório, usar extintor e ele não funcionar, mas isso é comum...
Ou tá achando que essas coisas loucas são só aqui na UNIOESTE??
(putz, eu achava que a nossa era muito particular esses fatos hehehe)
O experimento digamos mais interessante, tenha sido um de química de coordenação, onde nós mesmos tínhamos que procurar uma prática, em um artigo científico, e sintetizar um cristal... O meu era verde brilhante, foi muito legal
(daí eu me pergunto: Será que gostou do verde por ser palmeirense?)


6. Festava ou estudava mais?
As duas coisas... Tinha sempre um equilíbrio... Passei muitas madrugadas em claro estudando... Mas também foram algumas caixas de cerveja hehehe....

7. O que te levou para direcionar a especialização em Química Analítica?
Gostar muito da área no sentido de ter que resolver problemas... é uma área muito interdisciplinar...
E também no fundo por ter iniciado nessa área...


8. Se sente realizado profissionalmente?
Sim! Lógico que precisa sempre procurar mais, melhorar, EVOLUIR vamos falar assim...
Mais ainda tenho muitos anos profissionais...

9. Sua palavra para os aspirantes à Químicos, calouros... (incentivo...)
Quem atua na área de Química tem futuro quando se fala em crescer profissionalmente. Há uma amplitude grande, muitas possibilidades de crescer...
Química é sim, um curso difícil, aqui na Unioeste também não é diferente. Mas não é porque é difícil é impossível, exige muita dedicação, isso é preponderante.
Estudar sempre em grupo, procurar professores, além de ser uma exigência do mercado de hoje trabalhar em grupo, grupos de pesquisa... Você tem que lidar com pessoas ...
Mas dedicação é o principal.



Essa foi a entrevista ao professor Cléber...
Agradecemos ao professor por esses momentos perdidos em seu tempo disputado, mas que com certeza será uma curiosidade de todos, e pode vir a contribuir como incentivo...
Espero que gostem!
Até a próxima!